Ao longo destas últimas semanas muito se escreveu, outro tanto se falou e ainda mais se comentou.
Foi assim.
Mas a verdade também é que eu nunca escrevi, nunca falei e nunca comentei.
Foi assim.
Nem hoje durante o dia o fiz, e peço desculpa à comunicação social de âmbito nacional, mas foi o respeito pelos guardenses e pela comunicação social local e regional.
Julgo pois ter a meu crédito o facto de falar hoje pela 1ª vez e faço-o, agradecendo a todos os presentes e naturalmente às senhoras e senhores jornalistas.
Sou candidato às próximas eleições autárquicas e quero ser o próximo Presidente da Câmara Municipal da Guarda.
Falo da Guarda e quero continuar a debater a Guarda. E digo continuar, porque há mais de 20 anos que o faço.
A Guarda não pode ser vista apenas dentro das suas fronteiras concelhias. Desenganem-se todos os que ainda pensam em quatro paredes. Aqui na Guarda e fora daqui, tantos são os que sentimos e apelamos para que esta cidade, esta capital, assuma por inteiro esse papel polarizador.
Honrando todos quantos dirigiram politicamente os seus destinos – de Abílio Curto, Maria do Carmo e Joaquim Valente – e não esquecendo todos os que se opuseram eleitoralmente – recordo os que por duas vezes o fizeram com coragem – Carlos Andrade e Ana Manso, para assegurar que estou aqui, para retribuir à Guarda tudo quanto, nestes anos, pude aprender como politico e como homem.
Este é o tempo a que todos chamam e infelizmente bem de emergência nacional. Seria justo, depois de tantos anos de experiência acumulada e face a tantos incentivos do partido e da sociedade, dizer não?!
Este não é momento para experimentalismos.
Não podemos, como cidade capital de um Distrito que tanto tem perdido, desperdiçar a oportunidade 2014-2020 (o novo Quadro Financeiro Comunitário), bem como o novo mapa das Comunidades Intermunicipais onde tanto, esperamos nós, se vai decidir para o nosso futuro coletivo.
A Guarda dispõe aqui de um momento único de afirmação para se tornar na Capital das Beiras e Serra da Estrela. São duas marcas que agora se ligam e deve ser a partir da Guarda e não apenas com a Guarda. É também por isso que aqui estou.
A Guarda há muito que me ganhou. Agora é o tempo de eu, nós, ganharmos a Guarda.
E digo nós, porque a Guarda nunca foi, nem será propriedade de ninguém. Mas pelos vistos, tal como afirmou em recente entrevista o candidato do PS e cito “não tenho nada contra ele sob o ponto de vista pessoal, mas sou um bocadinho bairrista e não gosto muito que me invadam as propriedades. Se vier à Guarda lutar pela Câmara será bem recebido, seguramente, mas claro com o ataque politico” (fim de citação).
Não venho pois invadir as propriedades de ninguém nem, claro, atacar politicamente quem quer que seja candidato livre à Câmara da Guarda. Mas registo com agrado que serei bem recebido.
É isso que espero e desejo para me juntar isso sim, a todos quantos queiram fazer um debate sério sobre os problemas e as soluções no quadro atual.
Aos Guardenses interessa o futuro e não o passado, porque quanto a este, há uma verdade categórica. A Guarda é a única Capital de Distrito, repito, a única que tendo mudado os protagonistas políticos – já os citei – nunca mudou de orientação politica.
Esta é a oportunidade de pedirmos aos Guardenses que façam connosco uma coligação pela Guarda.
Quem me conhece, sabe bem, que há muito digo e repito que em particular na política autárquica, acima dos interesses partidários está e estará sempre o interesse do Concelho. Foi sempre esse o espírito que me moveu e por isso o meu apelo para darmos força à mudança, esquecendo as lógicas meramente partidárias.
A partir de hoje só eu falarei em nome da candidatura, ou então, quem eu, expressamente mandatar para o efeito.
Nos próximos tempos certamente se especulará muito sobre este ou aquele nome. Como Diretor Financeiro terei António Peres e como Diretor de Campanha Sérgio Duarte. Certamente que alguma dessa especulação terá até alguma intenção desestabilizadora. Mas não vale a pena. Há tempo para tudo e este é o tempo de conhecimento, de diálogo, de análise e de procura de respostas aos problema. Sem demagogia, porque esse tempo já é passado.
Quero por último deixar muito claro que ganhando as eleições, sendo o próximo Presidente da Câmara, como espero e desejo, não estarei disponível para qualquer atividade partidária local ou distrital.
Quero concentrar-me com toda a minha equipe no trabalho intenso que teremos pela frente de modo a que possamos contribuir para devolver à Guarda e aos Guardenses o seu orgulho e a sua auto-estima.
Queremos juntar as forças, apelar aos Empresários, dialogar com as Instituições, sem nunca esquecer a população que apresenta maiores carências.
Uma palavra final para os mais jovens. É preciso acreditar. Vamos a isso.
Álvaro Amaro